quarta-feira, 8 de março de 2017

O QUE É A MISTIFILMES

A Mistifilmes se dedica desde 1975 ao cinema artesanal.
Cinema artesanal é um cinema feito para pequenos públicos, com recursos simples e com voluntários, veiculando mensagens personalizadas. É um conceito de cinema que aprendemos a fazer desde o tempo do super 8.
Nossos trabalhos não têm finalidade de lucros financeiros ou de atingir grandes públicos ou mídias como televisão e circuito de cinema comercial. Trabalhamos para pequenos públicos, específicos, e nossa missão é ampliar a consciência das pessoas para os valores da vida humana, o respeito ao próximo, a natureza e o contato intimo com Deus, em suas infinitas manifestações. Utilizando a linguagem simbolista na maior parte de suas manifestações, a Mistifilmes se dedica também à luta pelos valores ecológicos do planeta desde os anos 70, valorizando ainda a cultura hippie. O lema "Espiritualidade e Arte" é um dos baluartes do Grupo Mistifilmes, que visa preservar para a posteridade a imagem de pessoas, culturas e regiões.

Conheça a História da Mistifilmes


O FILME SUPER 8

Para compreender o nascimento da MISTIFILMES é preciso saber como era o cenário do cinema e dos filmes nos anos 70, quando o video cassete ainda não existia. As bitolas de cinema existentes até o ano 70 eram: 70 mm - 35 mm - 19 mm - 16 mm e 8 mm e o super 8 mm. As bitolas de 70 e 35 mm pertenciam ao cinema comercial às grandes produções; o filme 19 mm foi largamente explorado na televisão. A bitola de 19 mm, por suas formatação, adequou-se muito bem à tela da TV, sem perda de imagem. A bitola de 16 mm, utilizada tambem para o cinema e televisão, sempre serviu para atender a uma escala de amadores ou de pequenos grupos de trabalho não comerciais; muito prático e barato, foi largamente explorado para propagandas e por empresas em suas filmagens institucionais.
A partir do filme 16 mm veio o de 8 mm, nascido no final da década de 50, que servia para o uso de amadores, e consistia na utilização do filme 16 mm em duas etapas.
O filme era sensibilizado de um lado, e em seguida do outro, proporcionando duas trilhas de imagens; quando de seu processamento, a película era cortada ao meio, propiciando o filme de 8 mm, com perfuração unilateral. Alem de baratear o custo de material, o 8 mm permitia que se fizesse exibições para pequenos auditórios, em vista dos equipamentos de pequeno porte exigidos, tendo por isso se popularizado no uso doméstico. Mas as grandes perfurações, provenientes de um filme de 16 mm, fazia com que a area útil do filme não fosse bem aproveitada.
Na década de 60, surgiu então o Super 8, um aperfeiçoamento do filme 8 mm, com perfuração menor, mais adequada a largura da fita, comercializada em cartuchos de segurança padronizados, propiciando quase 30 por cento a mais de área útil de imagem.

Sua praticidade de uso, seus equipamentos semi portáteis, de custo acessível, leves, permitiam que qualquer pessoa leiga, sem conhecimentos artísticos ou técnicos pudessem produzir suas próprias imagens sem grandes complexidades. Depois, com o advento do filme super 8 sonoro, esta bitola ganhou grande espaço em todo o mundo, concorrendo com a fotografia. Com uma qualidade de imagem relativamente boa, podia ser utilizada em exibições para pequenos auditórios e tornou-se, na décadas de 60 e 70 o cinema doméstico, instrumento de comunicação dos artistas.
Grandes cineastas dele se utilizaram, destacando-se os brasileiros Glauber Rocha e José Mojica Marins. O Super 8 passou a permitir a criação de filmes sem gastos excessivos para os artistas amadores, e devido a sua facilidade de manuseio, foi possivel a qualquer pessoa tornar-se um cineasta, criando trabalhos subjetivos. Foi a época em que bastava "uma câmera e uma idéia na cabeça" para se criar um filme.
Na década de 70 muitos festivais de super 8 foram realizados no Brasil. Porém, com o advento do video cassete no inicio dos anos 80, o publico domestico - que filma sogro, filhos, parentes, viagem - abandonou o super 8 e partiu para o video. Pouco a pouco o material foi escasseando e depois de 1989 só passou a ser disponível no exterior, o que dificultou muito a sua utilização.
O que fez com que o Super 8 fosse lentamente se tornando obsoleto é que tinha custo elevado em relação as fitas de video cassete. No ano de 1986 por exemplo, uma fita de video VHS tinha o mesmo preço de um filme super 8 virgem com 3 minutos de duração. Só que a fita de video permitia duas horas de gravação. Por outro lado, havia vantagens do filme sobre a fita; a durabilidade do filme, por ser película, podia ser quase eterna. As fitas de video tinham vida curta, de no maximo dez anos ou menos, se não fossem devidamente armazenadas. O tempo mostrou que as fitas de video eram uma mídia problemática, que logrou a perda de muitos registros feitos no passado por aqueles que a utilizaram, enquanto os filmes super 8 permanecem ilesos a passagem do tempo.
Além disso, o super 8 tinha a facilidade na edição e montagem. Para a edição de vídeos, sempre era necessário uma mesa com equipamentos sofisticados e caros, o que inviabilizava muitas vezes sua utilização pelo amador para alguns trabalhos mais sofisticados que fossem alem dos registros domésticos convencionais.


A FUNDAÇÃO DA MISTIFILMES


A Mistifilmes foi fundada a partir da união de diversos artistas paulistanos, que na época se reuniram com a ideia de criar trabalhos temáticos próprios utilizando a mídia dos filmes super 8: 
Gercio Tanjoni – Ator de teatro, fotógrafo, poeta e amante da sétima arte;
Eduardo Sanches – Diretor e ator de teatro; 
Washington Morais – Intelectual e poeta, que já realizava experimentos pessoais em super 8 ; 
Carlos Soares Rosa - fotógrafo.
Ruth Veríssimo dos Santos – atriz e fotógrafa. 
Hércules Delmond - Ator, maquiador e artista plástico.


A filosofia do Cinema Artesanal foi criada a partir da máxima do super 8 – ‘uma câmera na mão e uma ideia na cabeça’; é um cinema mais subjetivo, feito para pequenos públicos, com recursos simples, mensagens objetivas, utilizando atores amadores e que trabalharam sempre voluntariamente, sem remuneração, fazendo a arte pela arte. 
As locações eram sempre obtidas por negociação, e os custos dos filmes se resumiam ao material em si – filmes, revelações, etc. 
Os equipamentos de filmagem eram adquiridos de segunda mão, dado as dificuldades financeiras do grupo. Os filmes eram posteriormente dublados, pois o grupo não dispunha de câmeras ou projetores sonoros. 



GERCIO TANJONI

CARLOS SOARES ROSA

EDUARDO SANCHES


RUTH VERÍSSIMO



WASHINGTON MORAIS



HÉRCULES DELMOND


- Desde 1974 Gercio Tanjoni se dedicava a trabalhos fotográficos, e nessa arte vinha crescendo e se desenvolvendo em novas formas de expressão.
- Em 1975 juntamente com Carlos Rosa realizou alguns ensaios fotográficos que serviriam de preparação para ingresso ao super 8.
Um deles foi o ensaio fotográfico com Sílvio Cândido em 23 de Março de 1975 e outro com Eduardo Sanches em 26 e 27 de Abril de 1975.
A finalidade do grupo era realizar trabalhos de sua autoria, em caráter cultural, sem finalidades lucrativas, para discussão em pequenos grupos. 


Em 28 de Maio de 1975, Gercio e Eduardo concordaram em fazer um filme; foram acertados detalhes, convidadas pessoas, e surgiu "Caminhos", o primeiro trabalho da MISTIFILMES.














quarta-feira, 1 de março de 2017

Lançamento do filme "Vaidade"


Um filme produzido e dirigido por GERCIO TANJONI
Argumento e Roteiro de ELIZETE LEE
Direção Musical e Trilha Sonora de IGOR VERÍSSIMO





A que caminhos a Vaidade pode conduzir?
Quais as consequências do seu excesso?

Essas e outras questões ligadas a um dos sete pecados capitais é abordada no novo longa metragem produzido pela Mistifilmes, dirigido por Gercio Tanjoni, escrito e roteirizado por Elizete Lee e sonorizado por Igor Veríssimo.

Stella (Luzia Saragoça) viúva e mãe da adolescente Clara (Leticia Burgatti) é uma mulher vaidosa, que procura satisfazer-se com a ilusão de que não envelheceu. Alimentando sua vaidade, envolve-se com um rapaz muito mais jovem que ela, Henrique (Rodrigo Oliveira).

Muitos mistérios se escondem atrás desse relacionamento, que é percebido por Samira, uma cigana vidente (Sandra Guimarães). Apesar dos alertas que Samira tenta dar a Stella, ela se entrega cegamente à sua paixão, envolvendo-se numa trama complexa, que conduz o expectador a um final surpreendente.

Vaidade foi lançado recebendo o Certificado de Produto Brasileiro - MERCOSUL - ANCINE numero 13019558 em 13/09/2013




Assista a seguir os Takes de Lançamento do novo filme:





TRAILER DE LANÇAMENTO